Desculpe-me se não te desejei com tanta ansiedade e angustia quanto me desejou
Desculpe-me se não fui capaz de lhe amar tão apaixonadamente como fez, por não sentir tudo isso tão flor da pele como foi para você.
Desculpe-me por dizer não saber o porquê de estar chorando... Pois eu sabia!
Sabia exatamente que estava chorando porque não era ali que eu queria estar, não era o relacionamento que eu tinha sonhado para mim e sabia que você a sua forma me amava e eu nunca sentiria isso de dentro para fora de um jeito a competir com o seu sentimento.
Você dizia eu acho que eu amo mais, e era verdade você sempre amou mais, para ser, mas clara... Só você amou!
Eu estava ali me amando, amando como me sentia desejada, amada, procurada, aflita, necessária e acima de tudo via alguém se esforçando para me completar e se esforçando para que eu coubesse no seu mundo!
Eu podia ter fechado as portas para tudo em apenas seis meses, mas eu arrisquei! Preferi ir além queria sentir - me alimentada e saciada sempre.
Fui eu quem te testei, fui eu que em todas às vezes rondava e andava em círculos sempre te cercando para saber o ponto franco, para ter armas quando fosse necessário usar.
Nunca fiz amor com os olhos abertos, e observando bem jamais te tocava. Eu era a dona da situação queria sentir tudo o que você tinha a me oferecer e dificilmente retribuía algo.
Por que tocar? Por que retribuir? Tudo estava tão a minha disposição.
Achei uma pretensão sua dizer: Espero que o seu amor próprio lhe seja o suficiente, ninguém vai ousar te amar mais do que eu!
Pretensão minha achar que fosse pretensão sua!
Não achei mais ninguém que estivesse disposto a ser um servo tão avido, tão enlouquecidamente apaixonado! Todos me cobram amor demais, amor que eu não tenho para oferecer.
Todos os defeitos que eu apontava em você... Percebi que são todos meus! Mimado, dependente, egoísta, leviano, grosseiro, briguento, distante do mundo... Insuportável.
Você dizia: Trai-me, mas só não mente para mim!
E tudo era uma mentira desde o primeiro eu te amo!
Eu não era tão vilã assim, não fiz tudo de caso pensado, por inocência, por não saber lidar com um sentimento tão grande fui brincando e tentando moldar em uma formula que eu pudesse entender e participar também.
Às vezes sentia - me sentada no telhado e vendo você construir tudo para nós, um tudo que não me pertencia, afinal eu não queria pertencer.
Muitas vezes eu quis gritar e dizer: _Para isso não é para mim, vamos deixar isso para lá vamos ser só amigos e vivermos bem assim!
A voz sempre me faltou!
Até que eu comecei a sentir nojo de mim, eu queria tanto está ali como você estava e sentir tanto da forma que você me sentia, era incapaz de lhe retribuir tanto amor.
Mas até no fim e fui arrogante, quis sair por cima sem dor... E eu sair por cima e sem dor por muito tempo.
Seria uma grande mentira minha agora dizer que me arrependo que agora te amo ou qualquer dessas babaquices do tipo.
Eu continuo não te amando, e continuo sem arrependimentos quanto a ter terminado!
Mas tendo ideia agora do mal que te fiz só te peço desculpas por ter de certa forma arruinado um pouquinho da sua vida e ter ido embora sem dizer um adeus decente, sem respeitar o seus sentimentos, como um ladrão de almas que acaba por lhe deixar oco.
Esse é um pedido sincero e necessário de desculpa... Você poderia me perdoar?
Se não puder saiba que eu de coração já me perdoei, eu errei, mas todos erram. Orgulho - me da lição que levo agora desse já morto relacionamento.
Adeus!