Vejam só a angustia de quem não sabe aonde ir. Era só uma menina que seus sonhos e ideais, era só mais um ser humano que a sociedade patriarcal quis fazer mulher.
Em um beco escuro, em um coletivo lotado, nas esquinas mal frequentadas, no ócio do homem mal amado todas de alguma forma somos agredidas pelo simples fato de ser mulher.
São olhos que nos comem, mãos que nos apalpam, humanos que agradecem por não ser com elas.
Não se calem, não é com você é com todas nós... Precisamos de união.
Quantas mulheres morrem por dia e você só agradece por não ter sido você, e antes que alguém lhe cale, você se cala.
Que tipo de vida é essa que vivemos sempre em alerta? Os passos na rua escura são rápidos e freneticamente olhando para todos os lados...
Vendemos marcas, ajudamos o capitalismo a crescer e gerar dinheiro e quanto a nós? Somos vistas só como objetos consumistas e de consumo. Que vá a merda toda a diplomacia que existe em nosso estado, é um estado de negligencia onde não se nasce mulher, se faz mulher...
Não importa o quanto lutamos... Nunca será o suficiente.
São salários menores, são nossos corpos expostos à venda, somos nós que sofremos o abuso... Tudo isso é para que não se esqueçam de que quando minha voz já não puder ser ouvida ainda há de existir a de todas vocês.
Inspiração.: Carne, Patriarcado e Capitalismo – Kiwi companhia de teatro
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