domingo, 21 de outubro de 2012

Silêncio Impudico



O que todos os escritores têm em comum
Dever ser esse dom de gritar suas inquietações
Em silenciosas palavras
Silenciosas, mas em contraponto barulhentas.
Ler um verso, uma frase.
Sentir cada palavra ecoando em seu corpo...
Como um grito perdido no espaço
De uma dor inócua. Quem nunca?
E depois de ler e compreender
Quem é o indolente,
Que não sente vontade de abraçar
O autor e liberta-lo daquela aflição.
Se existir algum apático nessa situação
Avise-o que está morto.
Cabe ao leitor ouvir esse grito e senti-lo
É como um pacto mudo de amor.
Eu leio e compreendo
Eu escrevo e te traduzo
Ambos choramos ou sorrimos
E o que realmente importa é: vivemos!
***

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Rodoviárias da vida




Encontro saudade em tudo,
Principalmente nessas rodoviárias da vida
 Que sem avisar,
Impõem-nos um adeus.
Veste aquela alegria antiga
E sempre tão sincera
Apaga essa tristeza boba,
O que te pesa agora já não importa mais.
Deixa que o lábio toque a sua face
Aceite esse beijo e esse abraço
Receba o que puderem lhe dar
Mesmo, que seja só dor.
Permita que tudo aconteça
Agora tudo é válido
Pois, o para sempre...

Está prestes a virar o nunca mais!



domingo, 14 de outubro de 2012

A ausência que precede



Tua pele conversa com a minha

De uma forma tão aflita...

Tenho medo!


Sem essa de rimar

Todas as minhas poesias

São para matar,

Os amores que eu não tive.


Para de me perguntar onde eu quero chegar

Será que você não percebe que eu já cheguei

Que talvez você seja onde eu quero sempre chegar...

E estar e ficar, e esquecer o mundo lá fora que um dia eu tive.


Deixa-me sufocar essa dor que um dia eu senti,

Era tão insuportável quando não estavas aqui...

Minhas lágrimas ácidas tiveram muito sucesso

Corroeram todo o meu sentir, por um logo tempo.


Eu fui a ausência que você me mandou antes de aparecer

Agora eu sou a presença do seu surgir...

Promete que vai ser sempre assim enquanto durar?

sábado, 13 de outubro de 2012

A visita


Ontem à noite

Você veio me visitar

Tudo tinha um sabor agridoce

Pois, a lua estava a me afagar.


A sua face não reconheci

Seu singelo toque

Transmitiu energias que não entendi.


Meu olhar vagou por aquele sonho

Na esperança de olhar em seus olhos

E se ousar fugir, eu me oponho!


Não pedi por esse vendaval

Mas, estou tão envolvida...

Nesses casos sou facilmente rotulada como irracional,

Dane-se, pelos seus braços eu aceito ser vencida.

domingo, 7 de outubro de 2012

O silencio que grita!



O olhar pedia socorro, o coração já pulsava fraco e as mãos que estavam dadas... Dispostas a desatar o nó.
Nó que impedia a garganta de gritar e a vida de correr mais leve. O peso provinha de lagrimas, nada doce, que não esperavam a noite cair para aparecer.
Escondido ficava o sentimento, no breu ilusório da esperança.
Desesperador era transformar minutos em horas no encontro dos corpos.
O frio da falta de amor já era capaz de cobrir qualquer sol que ousasse surgir.
As frases sussurradas no silencio de cada olhar sumiram, deixaram estar para um simplório talvez de qualquer dia desses.
Qualquer dia desses que nenhuma exigência fosse imposta, que apenas a existência do sentimento de bem querer fosse o suficiente.
Insatisfatório parece ser o poço que a distancia esta abrindo com o proposito único de jogar isso que chamam de relacionamento fora.
Jogar fora assim como se faz com as sobras do que um dia foi bom, proveitoso e útil.
Desse jeito o fim toma forma...