O que todos os escritores têm em comum
Dever ser esse dom de gritar suas inquietações
Em silenciosas palavras
Silenciosas, mas em contraponto barulhentas.
Ler um verso, uma frase.
Sentir cada palavra ecoando em seu corpo...
Como um grito perdido no espaço
De uma dor inócua. Quem nunca?
E depois de ler e compreender
Quem é o indolente,
Que não sente vontade de abraçar
O autor e liberta-lo daquela aflição.
Se existir algum apático nessa situação
Avise-o que está morto.
Cabe ao leitor ouvir esse grito e senti-lo
É como um pacto mudo de amor.
Eu leio e compreendo
Eu escrevo e te traduzo
Ambos choramos ou sorrimos
E o que realmente importa é: vivemos!
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