domingo, 20 de março de 2011

Marcas da paixão




São tantos os rostos diferentes nas ruas, tantos quanto às dúvidas que você planta em mim.
            Eu me fui, mas fiquei ali. Fiquei ali sem saber como agir, fiquei ali por ficar, por amar você e pelo prazer de sempre me trair, sempre mais quando o assunto é você.
            Você? Você também se foi, mas ficou contido, guardado aqui tentando se socializar com partes de mim. Partes que me pedem com extrema urgência, socorro! Quando sente que você está por chegar e dominar mais uma parte de mim deixando pouco para a razão e fazendo a emoção transbordar em mim.
            Se você me abraça, não abraça apenas meu corpo, segura meu coração em suas mãos e nem percebe, pois está protegido pela capa da distorção, do talvez nada é o que parece.
            Pobre de mim, não sei se engano mais a você ou a mim, só sei e sinto que o meu coração é o que mais sofre.
            O que existirá depois, e o que há realmente de existir agora? Algo real ou só as minhas ilusões, pesadas, espessas as quais quase te tocam, mas você não pode perceber. Eu jamais deixaria é algo especial, cândido e nobre demais para cair nas suas meras mãos de um homem completamente racional.
            Desculpe – me por isso ou por aquilo, talvez nada desse você todo seja realmente pra mim.

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